1 de ago. de 2010

Doce Servidão

Doce é a servidão que te proponho
Entre o pesadelo e o sonho
Um terreno de sensação.
É o encanto mais passante
Como o versejar mirabolante
Que se lê no meu olhar...
Minha alvura guarda um mar
É repleto de volúpia...
A luxúria vestiu-me para ti...
E, aveludada, sou manto de guarda...


Resvala-te na cálida maciez
Desta robusta curva que vês...
É a paisagem serena
E a serenidade nada plena...
Pois, tem tormenta no prazer...
É uma tormenta que vicia
Enleia-te nesta carícia
Que reservo... teu pecado...


Desliza para dentro deste paço
Sou como laço de cetim...
Tenho pétalas gotejantes
Ressumadas em desejo
E clamantes por teus beijos...
Sou mais que uma rosa
Sou o próprio jardim das delícias
Sou a guerra entre a pureza e a malícia...


Homem se tu soubesses o que pedes!
Saberias do que tenho em mim
Um inferno ou vários... assim... guardados...
Calados! São os segredos da languidez
São os frutos da lascívia insana...
São as artimanhas, arte & manha!


Pedes, mas não sabes o que pleiteias!
Provarás a fúria das fogueiras
A intensidade das candeias
E da dor e dor prazer
Sentirás o que é, de fato, Me_Ter.

[PaRaBoLiKa]